“O educador que tem como compromisso ser agente de transformação social não pode deixar de procurar o melhor caminho para vencer o desafio de mudar seu próprio modo de pensar e de proceder; tampouco pode esquecer sua missão de facilitador do crescimento de seus alunos, contribuindo, desse modo, para que as gerações futuras possa usufruir uma existência mais digna.
Cabe, nesse momento, relembrar um fato, acontecido há mais de 40 anos, quando um experiente mestre, ao receber seus alunos em sala de aula, ouviu deles:
- Professor, por que ali, perto do portão da escola, formigas em fila carregam folhas cortadas para o buraco?
E o mestre, sorrindo, sem lhes dar a resposta, retorquiu:
-Digam-me o que vocês acham: para que as formigas fazem isso?
Algumas respostas surgiram de imediato:
- Para comê-las.
- Para armazená-las.
- Para fazer o ninho delas.
- Para estragar as plantas.
- Para criar os filhotes.
Detentor de uma didática muito avançada para o seu tempo, o professor continuou:
- Amanhã, tragam ferramentas de cavar. Na aula de Ciências, vamos descobrir não somente se as respostas estão certas, mas também como é o buraco por onde descem as formigas, a que profundidade está o ninho, e por que quando elas se encontram parecem se beijar ou dizer alguma coisa.
O velho mestre despertou a curiosidade dos alunos, motivou-os a refletir e a pesquisar novos saberes e a descobrir a tão desejada resposta.
Jorge Santos Martins
E você? O que tem feito para aguçar a curiosidade dos seus alunos para o projeto de aprendizagem que a turma desenvolverá? Como foi organizado e vivenciado o momento de investigação?